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A cidade


A cidade do Recife tem sua origem intimamente ligada à de Olinda. Na carta de direitos feudais, concedida por Duarte Coelho em 1537, há uma referência ao "Arrecife dos navios", um lugarejo habitado por mareantes e pescadores. Recife permaneceu português até a independência do Brasil, com a exceção de um período de ocupação holandesa entre 1630 e 1654.
Foi à capital do Brasil holandês, tendo sido governada na maior parte do tempo pelo conde alemão Maurício de Nassau. O domínio holandês nas Américas era composto na época por uma cadeia de fortalezas que iam do Ceará à embocadura do rio São Francisco, ao sul de Alagoas.
Nassau praticou uma política de tolerância religiosa frente aos católicos e protestantes calvinistas. Além disso, permitiu a migração de judeus ao Recife e a criação de uma sinagoga, a Sinagoga Kahal Zur Israel e considerada o primeiro templo judaico da América do Sul.
Após problemas com a Companhia das Índias Ocidentais retornou à Holanda, e os novos governantes entraram em conflito com a população, desencadeando um movimento - a chamada Insurreição Pernambucana - que terminaria com a expulsão definitiva dos holandeses em 1654. Devido ao seu crescimento econômico o povoado de Recife foi elevado à categoria de vila independente e em 1745 a população ascendia a 25 mil habitantes.
O início do século XIX no Recife foi marcado por revoltas inspiradas no idealismo liberal europeu: comerciantes, aristocratas e padres, para exigir mais autonomia para a colônia. Entretanto, a classe dominante evitava questões como o fim da escravatura e dispensava a participação popular, temendo revolução.
Nesse mesmo século, ocorreram as revoluções mais conhecidas da História da cidade. A Revolução de 1817, a Confederação do Equador, de 1824 e a Revolução Praieira, de 1848. Recife deixou de ser vila, não se subordinava ao poder central, nem estava subordinado a Olinda. Nesse tempo, iniciou-se um grande período de desenvolvimento.
Cortada pelos Rios Capibaribe e Beberibe o Recife é uma cidade-ilha como dizia Freyre. E sem nenhuma dúvida as pontes do Recife contam um pouco de sua história. Sendo a primeira cidade brasileira a construir uma ponte que recebeu o nome de Ponte Maurício de Nassau.
É... Pode até parecer exagero, mas o título de "Veneza Brasileira" é merecido a uma cidade que cortada por rios de norte a sul e apontada como tendo um dos portos mais importantes do país, devido a sua localização geográfica em relação à Europa; e o bairro mais antigo e central da cidade, na realidade é uma ilha urbana; sem falar que ao invés de gôndolas nós temos catamarãs que proporcionam um belo e inesquecível passeio pelas águas Rio Capibaribe; só conhecendo se tem uma bela noção do que se diz.
A população recifense é muito acolhedora e receptiva com seus visitantes, fato que podemos comprovar na maior manifestação popular da cidade que é o carnaval onde 1,5 milhão de recifenses vestem suas máscaras e fantasias se unindo a milhares de turistas que vem a "Veneza Brasileira" para conferir de perto do maior Bloco Carnavalesco do mundo que é o Galo da Madrugada.
Referencia na gastronomia nacional e dona de belezas naturais, Recife também é berço de grandes nomes da cultura brasileira como Nelson Rodrigues, Gilberto Freyre, Manoel bandeira, dentre vários.
“Ela é a Veneza desse Brasil é intercortada por muitos rios a capital do meu Pernambuco Capitania que deu mais lucro. Ela é a cidade que viu surgir três grandes heróis da nossa nação o negrão Henrique e o branco Negreiros; o índio Felipe e o Camarão [...] Recife tem encantos mil (...)”
Juliana Alves & Raphael Leal